Já
não tão compreendido,
contudo,
ainda mais resoluto, caminha o poeta...
Pelos
campos de um ignoto tempo,
muitas
vezes, solitário a caminhar...
Na
cotidiana luta com as palavras
sua
alma se aquieta.
No
arrulho do seu coração a pulsar,
á
poesia renasce - uma fonte a borbulhar.
Em
qualquer barulho ou silêncio lampejante,
seu
ensejo é insaciável.
Na
persistência do seu indomável olhar,
o
sonho interminável...
Tão
docemente e contente,
sua
dor e tristeza não o faz indiferente.
De
pólo a pólo a caminhar, vais perdido de encanto
pelo
lume das estrelas e do luar.
Sabe
rir ou chorar,
saber
que seu caminhar é para frente.
O
mistério insigne do seu canto:
O eterno acreditar...
Rikardo Barretto