segunda-feira, 31 de outubro de 2011

QUAL CRIANÇA

Enquanto criança fui criança
Com ações de criança...
Mas o tempo passou
E eu cresci em estatura e em maturidade
E a criança deu lugar a um homem
Com ações de um homem...
Homem após criança enfim
No curso normal da vida
O fim das travessuras, das brincadeiras
Mirabolantes e o fim
De um universo de sonhos e fantasias...

Porém em um determinado tempo
E em um determindo momento
Com um ímpeto feroz e pujante
A criança insistiu em reiterar no meu ser...
Então eu consenti e foi e é maravilhoso!!!
E hoje a criança anda e galguea a par
Com o homem que sou e me tornei...

Não obstante as visssitudes  e dissabores da vida
Sou feliz, sou qual uma criança...
Criança após homem feito...
Isso devido a nova vida que abraçei
Criança após homem  e o fim de uma vida...
Uma vida de trevas, de insetezas e de agruras
Que aflingia meu ser.
E hoje cresço em graça e em maturidade
E sou feliz, feliz qual uma criança




RIKARDO BARRETTO



NA VEREDA DO INFINITO

Às vezes me dar vontade de caminhar...
Caminhar... e caminhar...
Caminhando em linha reta
Na vereda do infinito
Até chegar na etenidade!!!!

Para trás deixarei todo embaraço
E em cada passo
Me despojarei
De tudo o que me enraizava
No solo da ilusão.

Para frente prosseguirei
Com a convicção da verdade
E em cada passo
Me agararei
A tudo o que me eleva
Ao monte da felicidade!!!


RIKARDO BARRETTO

RAZOÁVEL MANDAMENTO

É razoável entender o que é o amor
Ou será fácil compreendê-lo como belo?
Se o belo faz parte do realismo em vigor
Que jamais resigma o simples e o singelo

É razoável compreendê-lo em segmentos
E de segmento a segmento enfim o remate
A conclusão fulgente além dos pensamentos
Que transcende a razão da sua própria arte

É razoável submetê-lo por ser mandamento
Porquanto, amar é um ato da vontade
E não jamais um efêmero sentimento

É razoável abnegação plena pra querê-lo
Quando não há entrega, não há em sí verdade
Para compreendê-lo é razoável vivê-lo

RIKARDO BARRETTO

POR QUE NÃO NOS ENTREGAMOS AO AMOR????

- Me diz, amiga, minha amável amiga,
Por que não nos entregamos ao amor????
Por quê, minha amiga??? ... Por quê????
O amor nós explica o porquê de tanto querer...
Mas quando ele advém ao coração não perguntamos por quê?????
porque não estamos, talvez habituados a argumentar
O que realmente sentimos ou a ponderar sobre qual
A verdadeira motivação do nosso querer...

A nossa vontade intrínseca de sempre,
Alimentam os nossos sentimentos
E mantem vivo o nosso sonho...
O sonho que as circunstâncias
Tentam, com ardil ferroz, torná-lo utópico.
Mas que jamais será capaz de extinguir
As labaredas do amor que arde em nossos corações
se nos entregarmos a vivé-lo com todo fervor.

- Então me diz, minha amável amiga,
Por que não nos entregamos de uma vez vez por todas...
A tudo o que outrora sonhamos;
A tudo o que descobrimos com a nossa correlação;
A tudo o que almejamos como um só corpo
E um só espírito:
A tudo o que realizamos  e que ficou o
" Gostinho de quero mais:"
 tudo o que vivemos intensamente, mas que não é
O bastante para o amor que, sempre
Incoercível quer mais....

E assim na inteireza e totalidade da sua entrega
E que veremos o quanto é compensador compartilhar,
Interagir, integrar, mesmo com todas as diferenças
Que há em nós...
Porque é assim que aprendemos
A valorizar o que construimos...
E é assim também que continuaremos
A edificar com fundamento solido o que, na verdade
Nos atrai, nos uni e nos aproxima.... o amor....
- Então me diz minha amável amiga,
Por quer não nos entregamos ao amor?????


RIKARDO BARRETTO



domingo, 30 de outubro de 2011

QUAL O DESEJO DE UM BEIJA-FLOR

-Me diz, amiga minha,
Qual o desejo de um beija-flor?
eu visitei ontem a noite, o teu jardim
e por causa da escuridão
Não vi claramente a tua forma, a tua cor...
Não obstante, que senti o aroma agradável
Qual o eflúvio encantador do jasmim...

Mas eu vou querer mais de você... Meu amor...
E os meus versos....
Agite-os antes de usá-los...
Quem sabe transformar-se-ão em "palavras de amor"
Em frases compactas, onde não se apagarão
Da memória fugaz da nossa humanidade ignota....
Onde não serão levadas pelo vento a esmo.

e, em conformidade, com tais palavras,
Tais frases, tais versos .... está o desejo.....
O desejo de não te querer querendo-te mais....
A vontade latente, ávida e desenfreada que me impele
Com impeto impávido para voltar,
À luz do sol, ao jardim.
e assim, contemplar toda a totalidade da tua graça
e provar o teu dulçor....
E então, me diz, amiga minha,
Qual é o desejo de um beija-flor?

RIKARDO BARRETTO

sábado, 29 de outubro de 2011

PAISAGEM DE OUTONO



Paisagem de outono
O vento soprando sobre as arvores
e folhas secas caindo ao chão...
A falta do que já é parte
Inseparavelmente de mim
ligado na alma, cravado no coração

a eterna saudade que eu tenho de você....
o vazio infinito que só você pode preencher....

Uma tarde e o pôr do sol
Na mente o impetuoso vento
pensamento arraigado no âmago da saudade
Me faz lembrar que estar sempre presente
Ao resplandecer em meu coração Tua verdade

Tão simples e fácil de acreditar
Sinto Tua presença a completar meu ser
O que vejo dentro de mim 
Como vejo só você pode ver


RIKARDO BARRETTO